quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Economia Verde no Cerrado e Rio+20

Proteger e preservar. Autoridades e sociedade civil reúnem-se para debater o futuro do Cerrado.
O I Seminário sobre Economia Verde e o III Seminário de Agroextrativismo no Cerrado acontecem nos dias 16 e 17 de novembro na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O encontro vai iniciar a elaboração de um Marco Regulatório para o Cerrado e discutir propostas para a Rio+20, além de expor a importância do conceito Economia Verde para o bioma.Os seminários são promovidos pela Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação  Ecodata e pela Frente Parlamentar Ambientalista do Distrito Federal.
Estarão presentes importantes atores sociais que atuam pela conservação e preservação da sociobiodiversidade do Cerrado. Entre eles estão o presidente da Comissão de Meio Ambiente no Senado, senador Rodrigo Rollemberg; o Deputado Distrital Joe Valle; representantes do Ministério Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimentopesquisadores da Embrapa, Produtores e lideranças de ONGs que atuam na área.
Um dos  temas centrais do encontro é a importância da Economia Verde no Cerrado que, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA, é uma economia que resulta na melhoria do bem estar da humanidade e igualdade social e, ao mesmo tempo, reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica.
O início do debate sobre o Marco Regulatório do Cerrado é outro destaque. A iniciativa é inédita e objetiva a preservação, a conservação e a utilização do bioma orientadas por normas e leis específicas. O Marco Regulatório será proposto  pela Ecodata juntamente à Frente Parlamentar Ambientalista e à Fundação SOS Mata Atlântica.
As Propostas discutidas durante o seminário serão encaminhadas aos debates e eventos da Conferência Rio+ 20, agendada para o mês de junho do próximo ano na cidade do Rio de Janeiro.
Sobre
Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação- Ecodata é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público fundada em 1997. Marcada por importantes realizações, resultado de ações efetivas na elaboração e implementação de Programas e Projetos nas áreas de meio ambiente e recursos hídricos, apoia e incrementa a proteção, recuperação, conservação, gestão e uso sustentável dos recursos naturais.
Serviço
I Seminário sobre Economia Verde no Cerrado e III Seminário de Agroextrativismo
Onde: Auditório da Câmara Legislativa, Brasília–DF, em frente ao Palácio do Buriti
Quando: Dias 16 e 17 de novembro de 2011 das 8h às 18h.
Inscrições gratuitas. Acesse o link: Inscrições para Seminários

Informações:
Email: ecodata@ecodata.org.br / Telefone:  (61) 2104- 4444      
Facebook: /ecodataong
Twitter: @Ecodata
I Seminário sobre Economia Verde no Cerrado e o III sobre Agroestrativismo no Cerrado
 PROGRAMAÇÃO

   16 de novembro de 2011 (quarta-feira)
  
   08h: Recepção e credenciamento
09h: Mesa de abertura

10h: Relato do II Seminário de Agroextrativismo 

10h30: Conceitos e Desafios para a Economia Verde  

Andre Carlos Cau dos Santos - Pesquisador da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)

Carlos Alberto Hailer Bocuhy - Presidente do PROAM (Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental), membro do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)

Maurício de Carvalho Amazonas - Professor da UNB (Universidade de Brasilia)

14h: Pesquisa, Tecnologia e Assistência Técnica 

Elisângela dos Santos Araújo - Coordenadora Geral da FETRAF-BRASIL/CUT (Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar) 

Eduardo Lyra Rocha - Diretor Geral do  IPOEMA (Instituto de Permacultura: Organização, Ecovilas e Meio Ambiente)

Luis Carlos Balbino - Analista da EMBRAPA-CERRADOS

Hétel dos Santos - Representante MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome),  Plano Nacional da Sociobiodiversidade

José Guilherme Tollstadius Leal - Presidente EMATER-DF, Secretário Adjunto de Agricultura Seapa-DF

16h: Experiências de Economia Verde no Cerrado 

Yula Cristina Gomes Cadette - Fazenda Modelo II- Ribas do Rio Pardo/MS, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta em áreas degradadas

Daniel Melo Barreto - Coordenador de Politicas Públicas do BIOESTE (Instituto de Biodiversidade e Desenvolvimento do Oeste da Bahia), membro do CONAMA

Cláudio Rocha dos Santos Jacintho - Diretor do Centro de Permacultura Asa Branca

Juliano Jose de Resende Fernandes -  Professor Escola de Veterinária e Zootecnia/UFG (Universidade Federal de Goiás)
Divina Dias Borges Moura - Cooperativa Mista do Vale da Esperança

Rita de Medeiros - Sorveteria Sorbê

17 de novembro de 2011(quinta-feira)

08h: Incremento das Políticas existentes para a Economia Verde 

Marco Antonio Viana Leite  - Coordenador Geral de Biocombustíveis CGBIO/DEGRAV/SAF/MDA, Coordenador do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA/SAF/MDA, Coordenador do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE/SAF/MDA , Secretaria da Agricultura Familiar - Ministério do Desenvolvimento Agrário
    Rogério Dias - Coordenador de Agroecologia COAGRE/SDC/MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) 
Cristiani Araújo do Prado - Coordenadora Geral de Relações Institucionais - Departamento de Desenvolvimento Regional/SUDECO (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) 
   Sylvio Isopo Porto - Diretor de Politica Agrícola e Informações- CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento)
David Wylkerson Rodrigues de Souza - Secretaria Geral/CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura)
  Roberto Ricardo Vizentin - Secretario de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável SEDR/ MMA 

10h: Novas Políticas Públicas para a Economia Verde no Cerrado 

Joe Valle - Deputado Distrital
Rejane Pieratti -  Associação Amigos do Futuro, Frente Parlamentar Ambientalista 

Agnaldo Moraes da Silva - Coordenador Geral de Gestão do Conhecimento - SUDECO  

Henrique Marinho Leite Chaves - Prof. Dr. da UNB, Departamento de Engenharia Florestal.

Donizete Tokarski - Presidente do Conselho da ECODATA (Agencia Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação)


14h: Legislação: Código Florestal e PEC do Cerrado; Marco Regulatório para o Cerrado:

Presidente da mesa: Marina Sant'Anna - Deputada Federal

Rodrigo Rollemberg - Senador,Presidente da Comissão de meio Ambiente do Senado, membro da Frente Parlamentar Ambientalista.

Mário Mantovani - Diretor de Politicas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, membro da Frente Parlamentar Ambientalista

André Lima - Coordenador de Politicas Publicas do  IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazonia)


16h: Elaboração e definição de propostas para discussão na Rio+20 e poder público;

18h: Encerramento.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Crescimento populacional também incomoda outras terras

Governo Federal divulga intenções e temas desejados para a Conferência Rio+20

O aumento populacional observado no Distrito Federal não é um fenômeno inerente apenas ao pequeno quadrado dentro do estado de Goiás, mas a toda humanidade, que, apesar do crescimento de consciência em relação à escassez dos recursos naturais disponíveis ainda não conseguiu encontrar uma solução que alie a expansão da população ao uso sustentável dos insumos.

Uma oportunidade para discutir o rumo desta trajetória será a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que acontecerá no Rio de Janeiro em junho de 2012. Na ocasião, líderes políticos de todo o mundo participarão de uma reedição da Rio92, encontro de mesmo teor que ocorreu no Rio há 20 anos e deu fruto à Agenda21, instrumento que resultou do compromisso entre as grandes potências mundiais firmado na época com compromisso, valores éticos e a conduta necessária de uma economia moderna preocupada com o meio ambiente.


A Conferência reunirá lideranças globais para
discutir o desenvolvimento sustentável.
 As pautas que formarão as mesas de debates e palestras do evento ainda não foram decididas. O Governo Federal divulgou na última quarta-feira (02) um documento com as intenções do Brasil com o evento. No documento, a presidente Dilma Roussef ressalta a necessidade de discutir o consumo sustentável, a criação de um protocolo verde internacional para o setor financeiro e a formulação de um programa de proteção socioambiental global. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, por ser o anfitrião e interessado nos resultados da Rio+20, o Brasil tentará participar ao máximo na conferência e ocupar posição de destaque. 

O ambientalista Roberto Ismael, afirma que o fato de o governo ter incluído o consumo sustentável na lista de assuntos para debate é um exemplo de preocupação com a disponibilidade de recursos no futuro. “O homem já deveria ter percebido que, caso não haja uma mudança radical no modo de consumo em todos os países, fatalmente no futuro não haverá matéria-prima para sustentar o padrão”. Segundo ele, desde a oferta de comida, bens de consumo, mobilidade urbana e qualidade de vida seriam fortemente impactados.

Aumento da população levanta debate sobre questões sociais


Na virada dos 7 bilhões de habitantes no Planeta Terra, o Brasil contribuiu com esse número acrescendo mais de 20 milhões nos últimos 10 anos. Dentro desse crescimento, as disparidades entre um estado brasileiro e outro foram interessantes. O aumento populacional e os problemas que uma superpopulação podem trazer para todo o mundo inteiro, como aumento da fome e disputa pela água, exigem cada vez mais uma reflexão profunda sobre o tema.

O mapa aponta nível de escassez física e econômica global.
No Brasil, somos mais de 190 milhões. O número não preocupa tanto. O problema está na distribuição demográfica pelo país. A população está mal distribuída no território e o principal responsável é o exôdo rural.

A população rural na década de 40 correspondia a 70% de todos os habitantes do país. Hoje, 93% das pessoas vive nas cidades. A densidade demográfica despenca quando se divide o território total 9.372.610 KM² pelos 190.732.694 de habitantes, o resultado é 22 pessoas por quilômetro quadrado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número não reflete a realidade. Algumas cidades tem essa densidade superior a dois mil habitantes por quilômetro quadrado. Apesar de predominantemente urbana, segundo a Companhia de Planjamento do Distrito Federal, Brasília ainda tem espaços que não foram ocupados. A capital do país tem, hoje, 2.570.160 habitantes, mas a distribuição também é desigual. A maior concentração está em Ceilândia, Taguatinga e Plano Piloto. Mas outras regiões tem grande representatividade.

O Distrito Federal não é auto sustentável na produção de alimentos, mas tem ampla produção de alguns produtos. Morango e pimentão alimentam o mrcado nacional e vai para alguns países da Europa e Ásia, segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

A capital ainda é muito benquista entre os migrantes. Metade da população não é nascida aqui. A maior parte dos moradores vem de perto mesmo, de Goiás e Minas Gerais, mas os nordestinos também representam uma boa parcela. Entre os mais velhos, há bastantes cariocas, vindos da antiga capital, Rio de Janeiro, para trabalhar em Brasília. A geração dos nascidos na cidade começou a se formar em 1970, quando, em números percentuais, ocorreu o maior crescimento.

The Economist: Vídeo mostra gráficos sobre crescimento populacional

A revista The Economist produziu um gráfico, no começo do ano, sobre o crescimento populacional mundial. O trabalho está disponível no Youtube.


- O vídeo está em inglês. Para assisti-lo com legendas em português, siga os passos:
-> No canto inferior direito do vídeo clique em CC (Closed Caption)
-> Selecione a opção "Transcrever aúdio"
-> Depois, selecione a opção 'Traduzir legenda" e troque do Inglês para o Português


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Evolução pelo caminho do ensino amplo

Entenda as diferenças entre os tipos de instituição de ensino superior no Brasil


Faculdade Iesb agora é Centro Universitário.
  Posicionado agora no patamar de Centro Universitário, o Instituto de Ensino Superior de Brasília (IESB) deu um salto em termos de reconhecimento perante ao Ministério da Educação (MEC) e à sociedade. De acordo com o MEC, ao serem criadas, todas as instituições de ensino são classificadas como faculdades. À medida em que são desenvolvidos novos cursos, pleiteia-se o status de Instituto de Ensino Superior (IES). O IESB foi fundado em 1994 como Centro de Educação com apenas três cursos, passando a se tornar IES em 2003, oferecendo dez cursos diferentes de nível superior em Brasília.

Com o passar do tempo, novos cursos foram sendo criados, como as Engenharias, Computação, Turismo, entre outros. Nessa crescente introdução de novas áreas do conhecimento ao corpo de ensino da instituição, o IESB foi se desenvolvendo até se tornar hoje um Centro Universitário. Em seus 17 anos de história, o IESB passa agora a ostentar um status adquirido apenas pela Universidade de Brasília (UnB) e pelo Centro de Ensino Universitário de Brasília (CEUB) no Distrito Federal.

A diferença básica entre IES e Centro Universitário é simples: o IES é uma instituição que abriga vários cursos de ensino superior, mas não contempla todas as esferas do conhecimento, enquanto o Centro Universitário é justamente a existência de cursos que estudem e desenvolvam conhecimento em todas estas escolas acadêmicas. Abaixo segue um resumo dos diferentes tipo de instituições de ensino superior reconhecidas pelo MEC:


Mapa mostra a demanda para o Ensino Superior no País.

Faculdade
Oferecem um menor número de áreas do saber. Muitas faculdades oferecem cursos específicos em áreas restritas, como saúde e línguas, por exemplo. São instituições menores, mas isso não significa que tenham má qualidade de ensino.Uma faculdade não tem autonomia para lançar um curso por conta própria, ou seja, só pode oferecer um novo programa de ensino com autorização do MEC. Outra exigência é que o corpo docente da instituição tenha, no mínimo, pós-graduação lato sensu.

Centro Universitário
Suas graduações contemplam todas as escolas do conhecimento humano e tem autonomia para criar novos cursos. O Centro Universitário também tem que oferecer programas de pós graduação e iniciação de pesquisa. As exigências maiores são destinadas ao corpo docente. Este deve ter, no mínimo, um terço do corpo com mestrado e doutorado. Além disso, um quinto dos professores deve ser contratado em regime de tempo integral.

Universidade
As universidades são as instituições com maior cobrança por parte do MEC e devem oferecer atividades de pesquisa e extensão. Devem também prestar serviços à comunidade, nas áreas do saber em que atuam. Essas instituições também podem criar cursos com autonomia. As exigências ao corpo docente incluem que um terço, no mínimo, tenha título de mestrado ou doutorado e que trabalhem em regime de tempo integral. A universidade também precisa oferecer programas de doutorado.