quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A estiagem e a criançada

Como as crianças do DF estão reagindo ao tempo seco nos últimos dias
“Tia, to passando mal. Me leva para a enfermaria!”. Esta é a frase que Carolina Azevedo, professora do jardim de infância de uma escola particular do DF mais tem ouvido ultimamente. Há mais de cem dias sem chuva no DF, a seca mais rigorosa dos últimos anos tem causado dor de cabeça aos moradores de Brasília. Não bastasse o longo período sem água, a previsão do Instituto Nacional de Metereologia é de que só volte a chover a partir de outubro.
Para Carolina, na escola, o maior problema causado pela seca tem sido a inquietude das crianças. “Não sei se é por causa da televisão ou pelo o que as famílias andam falando, mas agora todo dia tem criança passando mal aqui na escola  e reclamando da garganta ruim”, brinca a professora. Segundo ela, há uma espécie de efeito dominó na choradeira dos alunos do maternal e jardim de infância: quando um começa a chamar a tia por causa do mal estar, outros virão na sequência. “A solução é mandar todo mundo para o pátio para o banho de mangueira. Assim todo mundo fica mais calmo”, comemora.

Distribuição/Internet
Para Lúcia Monteiro, mãe de Gabriel, 6 anos, a maior preocupação da família deve ser com a hidratação das crianças. Ela afirma que Gabriel só se interessa por água se alguém for até ele com o líquido. “Se  ninguém oferecer, ele dificilmente vai atrás. Por isso já chego na escola conversando com todas as professoras para me prevenir”, afirma. Já o menino não titubeia: “Não gosto de água, gosto de refrigerante!”.

Entretanto, como é sempre dito nesta época do ano no DF, nada substitui a água. Os pais e professores devem sempre incentivar as crianças a beber bastante, no mínimo um litro por dia. Segundo o clínico-geral Adolfo Pastreus, é bom também não esquecer da seca durante o período da noite e colocar sempre que possível um umidificador ou uma toalha molhada ao lado da cama. “Muitas das ocorrências que vejo no período noturno no hospital são de crianças que acham que sofrem de falta de ar durante o sono, mas na verdade só estão com a garganta tão seca que nem conseguem respirar direito”, afirma o doutor.

Reportagem: Pedro Turbay

Baixos índices de umidade castigam saúde do brasiliense


Distribuição/Internet


Durante todo o mês de setembro, os brasilienses estiveram em estado de atenção quanto a baixa umidade relativa do ar, atingindo, em todos os dias, índices inferiores a 20%, com mínimas chegando a 10%. O recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no entanto é de 60%.

Os incêndios ocorridos durante a estiagem agravaram ainda mais e situação, aumentando a incidência de doenças respiratórias. Os focos já foram controlados, mas o Cerrado ainda agoniza a perda de vegetação. Um balanço preliminar divulgado pelo Corpo de Bombeiros aponta que a área consumida pelo fogo na Área de Preservação Ambiental (APA) do Gama, Cabeça de Veado, foi de 70%. Na reserva do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as chamas varreram 90% do território e pelo menos 60% do Jardim Botânico. A corporação estima um prejuízo ao bioma quatro vezes maior do que o registrado no ano passado: foram oito mil hectares queimados em 2010 contra 32 mil este ano.

A combinação de tempo seco, fumaça na atmosfera e altas temperaturas castiga a saúde de quem mora no Distrito Federal. O pneumologista e também diretor geral do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Paulo Henrique Ramos, diz que as pessoas que mais sofrem são as crianças, idosos e os que possuem doenças respiratórias, em especial as crônicas, como bronquite e asma, por exemplo.

“O recomendado, não só para a população de risco, é ingerir bastante líquido, evitar exposição ao sol e exercícios físicos entre as 10h e as 16h, usar soro fisiológico, se necessário e dar preferência a roupas leves. Tudo isso ajuda”, aconselha Ramos.

Entre as orientações da Defesa Civil estão: evitar locais onde há grande aglomeração de pessoas, interromper as aulas, entrega de correspondência e coleta de lixo quando a umidade for inferior a 12%, usar roupas leves e fazer refeições saudáveis à base de frutas e legumes.


Nova estação

A primavera começa sexta-feira (23/9), às 6h05, mas chega, ainda, com cara de inverno. Tempo seco e alta temperatura continuam. O que a estação das flores traz de novidade é a previsão de pancadas de chuvas isoladas neste sábado, conforme informou Morgana Araújo, meteorologista do Inmet. As temperaturas ficam mais altas neste início de estação, mas o tempo continua seco, com umidade variando entre 55%, durante a madrugada, e 15%, à tarde. Os termômetros marcam entre 17% e 32%.


Reprodução/Internet


Reportagem: Fernando Caixeta


PODCAST: Defesa Civil

A Defesa Civil decretou estado emergência no Distrito Federal devido ao clima seco. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a umidade relativa do ar atingiu, nas horas mais quentes do dia, 10%.

Podcast: Defesa Civil by OEnfoca

Narração e reportagem: Amanda Mendes

Podcast: Qualidade do ar

Na época da seca as queimadas pioram ainda mais a qualidade do ar que respiramos. A quantidade de gases emitidos pela queima das plantas somadas a seca e à poluição causam diversos problemas à saúde da população.


Qualidade do ar by OEnfoca


Resportagem e narração: Amanda Mendes

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Tombamento dos jardins de Burle Marx em Brasília

Os jardins tombados pertencem à Superquadra 308 Sul, ao Palácio do Itamaraty, à Praça dos Cristais, ao Palácio da Justiça, ao Teatro Nacional Cláudio Santoro, ao Parque da Cidade e ao Tribunal de Contas da União.

O Decreto foi assinado pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz em 14 de julho de 2011.

"O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, inciso VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, e com fulcro na Lei nº 47, de 2 de outubro de 1989, regulamentada pelo Decreto nº25.849, de 17 de maio de 2005, o qual dispõe sobre o tombamento, pelo Distrito Federal, de bens de valor cultural, e, considerando as características urbanísticas, arquitetônicas, paisagísticas e bucólicas de Brasília;considerando a necessidade de preservação dos atributos peculiares da cidade de Brasília, que fundamentam sua condição de Patrimônio Cultural da Humanidade;considerando a necessidade de assegurar a permanência de testemunhos da proposta original do Plano Piloto de Brasília..."   Leia mais

Acesse a publicação no DOU de 15 de julho de 2011. (página 70)

Vida e obra de Roberto Burle Marx


O paulista Roberto Burle Marx foi um artista plástico reconhecido internacionalmente como arquiteto-paisagista.
Filho caçula do alemão Wilhelm Marx e da pernambucana-francesa Cecília Burle, começou a se interessar por plantas ao acompanhar desde novo o cuidado de sua mãe pelo jardim da família. Cultivavam begônias, antúrios, gladíolos, tinhorões e muitas outras espécies no jardim de sua casa em Trier - Alemanha.
Aos 5 anos se mudou com a família para o Rio de Janeiro. Começou aos 8 sua primeira coleção de plantas e mudas.
Aos 19, devido a um problema nos seus olhos, a familia se mudou para a Alemanha em busca de tratamento. Lá Roberto conheceu um Jardim Botânico com vegetação brasileira em uma estufa e ficou fascinado.
Visitou diversas exposições: Picasso, Matisse, Paul Klee e Van Gogh. Foram tão marcantes para ele que o levaram à decisão de estudar pintura.
 

Durante a estadia na Alemanha foi aluno no ateliê de Degner Klemn de 1929 a 1930, regressando, então, ao Rio de Janeiro.
No Brasil, ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro onde conviveu com aqueles que se tornariam reconhecidos na arquitetura moderna brasileira: Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa e Milton Roberto, entre outros.
O primeiro projeto de jardim público idealizado por Burle Marx foi a Praça de Casa Forte, no Recife, em 1934. Ainda nesse ano assumiu o cargo de Diretor de Parques e Jardins do Departamento de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco.
Executou o cargo fazendo uso intenso da vegetação nativa nacional e começou a ganhar renome, sendo convidado a projetar os jardins do Edifício Gustavo Capanema (então Ministério da Educação e da Saúde).

Em 1935, ao projetar a Praça Euclides da Cunha, Burle Marx procurou ornamentar a praça com plantas da caatinga e do sertão nordestino em uma tentativa de  livrar os jardins do "cunho europeu". Em 1937 criou o primeiro Parque Ecológico do Recife.
A partir dessa época, passou a ser requisitado nas principais cidades do país para projetar o paisagismo de importantes patrimônios: Aeroporto da Pampulha (Belo Horizonte),  Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), Embaixada do Brasil em Washington-D.C. (Estados Unidos), Eixo Monumental de Brasília (Brasília).
Roberto Burle Marx faleceu em 5 de junho de 1994 completando mais de 2.000 projetos de paisagismo.



Siga abaixo a cronologia:

1909 - Nasce Burle Marx em 4 de agosto, em São Paulo.
1913 - Muda-se com a família para o Rio de Janeiro, onde fixam domicílio.
1928 a 1929 - Vive período na Alemanha com a família.
1930 a 1934 - Ingressa e frequenta a Escola Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1932 - Primeiro projeto de paisagismo para a residência da família Schwartz no Rio de Janeiro.
1934 - Assume a Diretoria de Parques e Jardins do Recife, projeta praças e jardins públicos.
1937 - Cria o primeiro Parque Ecológico do Recife.
1949 - Adquire um sítio de 365.000 m2, em Guaratiba, RJ, onde abriga uma grande coleção de plantas.
1953 - Jardins da Cidade Universitária da Universidade do Brasil, Rio de Janeiro.
1953 - Jardim do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
1954 - Projeto paisagístico para o Parque Ibirapuera, em São Paulo, SP (não executado).
1955 - Paisagismo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ.
1961 - Paisagismo para o Eixo Monumental de Brasília.
1961 - Paisagismo do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
1968 - Paisagismo da Embaixada do Brasil em Washington, D.C. (Estados Unidos).
1970 - Paisagismo do Palácio Karnak, sede oficial do Governo do Piauí.
1971 - Recebe a Comenda da Ordem do Rio Branco do Itamaraty em Brasília.
1982 - Recebe o título Doutor honoris causa da Academia Real de Belas Artes de Haia (Holanda).
1982 - Recebe o título Doutor honoris causa do Royal College of Art em Londres (Inglaterra).
1985 - Doa seu sítio de Guaratiba com seu acervo ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN (na ocasião se chamava Fundação Nacional Pró Memória).
1990 - Paisagismo do Parque Ipanema, em Ipatinga/MG.
1994 - Morre no Rio de Janeiro, em 5 de junho, com mais de 2.000 projetos de jardins realizados ao longo de sua vida.
Fonte: Wikipedia

Principais projetos de Burle Marx em Brasília

1963 – SQS 308
1965 – Palácio do Itamaraty
1967 – Embaixada dos Estados Unidos
1968 – Embaixada da República Federal da Alemanha
1970 – Praça dos Cristais no Setor Militar Urbano
1971 – Embaixada da Bélgica
1971 – Embaixada do Irã
1972 – Tribunal de Contas da União
1975 – Palácio do Jaburu
1976 – Teatro Nacional
1976 – Parque Dona Sarah Kubitschek (Parque da Cidade)

O paisagismo de Burle Marx no TCU

O paisagismo de Burle Marx no TCU
Sete obras em Brasília foram tombadas. Os jardins do Tribunal de Contas da União estão entre elas.

Com um projeto original os jardins do Tribunal de Contas da União juntam-se a outras 06 obras do paisagista Roberto Burle Marx no tombamento histórico assinado em julho pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Os jardins tombados pertencem à Superquadra 308 Sul, ao Palácio do Itamaraty, à Praça dos Cristais, ao Palácio da Justiça, ao Teatro Nacional Cláudio Santoro, ao Parque da Cidade e ao Tribunal de Contas da União.
Jardim interno do Tribunal de Contas da União

A identidade do TCU está intimamente ligada ao zelo pela coisa pública e há cerca de cinco anos, o Serviço de Conservação, Limpeza e Cooperagem (SECOP) trabalha pela preservação do projeto original de Burle Marx nos jardins da Casa. “As plantas originais, nativas do cerrado, foram substituídas por outras espécies e a proposta de Burle Marx foi se perdendo. Quando percebemos esse processo, contatamos um engenheiro agrônomo e juntos desenvolvemos o projeto de revitalização e preservação”, explica Regina Lúcia, técnica de finanças da SECOP e servidora do TCU há 26 anos.
 Para o professor e historiador do Museu TCU, Glauber de Lima, manter a primeira proposta paisagística para os jardins é importante. “O TCU vem realizando um belo papel na restauração e preservação dos jardins. Dessa forma, ele repercute em sua própria prática o trabalho de cuidar da coisa pública. É uma postura louvável e uma coisa excelente para a imagem da Casa”, afirma.
Burle Marx tinha a particularidade de se utilizar de plantas nativas da região em que construía suas obras. Hoje, os jardins estão praticamente todos revitalizados com as espécies típicas do cerrado, mas o trabalho não foi fácil. São aproximadamente 42.438,52 m² de área, e além dos jardins é preciso cuidar do viveiro, que há mais de dez anos recupera plantas distribuídas pelas salas do TCU, e da composteira, onde são depositados os resíduos vegetais para a produção de adubo.

Regina e Patrick são os responsáveis
pela manutenção do projeto original.

Um dos 14 funcionários responsáveis pela manutenção é Patrick Moisés, encarregado da área de jardinagem que está no TCU há cinco anos. “A rotina começa logo cedo com a irrigação. À tarde são realizadas a limpeza e a poda”, explica. Sobre o trabalho de preservação ele conta: “Já plantaram até um pé de abacate e outro de jaca. Tivemos que retirar pela questão do projeto paisagístico, e, principalmente, porque as espécies estavam causando danos à estrutura do TCU”. Regina completa: “As pessoas não gostaram da decisão da derrubada, mas aos poucos fomos explicando a existência do projeto de revitalização e a importância de manter a proposta original”.
Patrick afirma que Burle Marx fez história e que o TCU está disponibilizando tempo e material para recuperá-la nas instalações da Casa. “Acho uma grande honra poder participar deste projeto. Preservar esses jardins é muito importante. Se conseguirmos deixar tudo de acordo com a proposta original, será uma vitória”, afirma. Glauber acredita que o paisagismo de Burle Marx engrandece o Tribunal: “O paisagista tem renome internacional. É uma honra abrigar um jardim que é, literalmente, uma obra de arte”. Para Regina, é um cartão de visitas: “É gratificante! Toda vez que chegamos ao TCU vemos as plantas florescendo e o jardim cuidado. As pessoas admiram. Chegam os visitantes do Programa Educativo e observam os jardins, os peixes, e isso é natureza. É um trabalho que o TCU está fazendo e que precisa ser reconhecido”.

Programa Educativo
Uma das atividades realizadas pelo Museu TCU, o Programa Educativo, inclui os jardins do edifício sede no roteiro das visitações. “O programa educativo trata de maneira bem didática a relação com os jardins de Burle Marx. As plantas daqui são típicas do cerrado. Isso levanta duas questões: a necessidade de preservar a mata nativa e recriar o paradigma da beleza, mostrando o que há de belo nas espécies do cerrado”, explica Glauber.
Voltado às visitações de escolas públicas e particulares do DF, o PE visa facilitar o entendimento do Tribunal junto à sociedade. Com uma didática apropriada ao grau de escolaridade e faixa etária dos alunos, o Programa Educativo reforça a importância desta Corte de Contas por meio das monitorias realizadas durante a visitação.

Burle Marx e Brasília
Nascido em 1909, o paulista Roberto Burle Marx morreu aos 82 anos no Rio de Janeiro. O artista plástico conquistou renome internacional pelo trabalho realizado como arquiteto-paisagista. A arquitetura, a topografia, o meio ambiente e diversos jardins e praças do Brasil e do mundo foram considerados na concepção do paisagismo de Burle Marx para Brasília. Adepto ao uso da vegetação nativa em seus projetos, Burle Marx criou para a capital jardins ricos em simetria, sempre valorizando a combinação de texturas e cores do cerrado que se misturam à arquitetura moderna da cidade.



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Tráfico e uso de drogas motivam criminalidade em Planaltina - DF

Planaltina era um município goiano, mas a partir de 21 de abril de 1960, data da inauguração de Brasília, parte da cidade foi incorporada ao território do DF. De lá pra cá, muita coisa mudou. A cidade, que antes tinha ares de interior, cresceu. Junto com esse crescimento, o aumento da população e as melhorias estruturais veio a violência típica das grandes cidades. Letícia Dias é mãe de dois filhos e conta que gostaria de criá-los em outro lugar. “Tenho fé em deus que um dia vou sair daqui e ir para outra cidade, mais calma, onde eu não tenha que mentir para os meus meninos que os tiros a noite são foguetes”, lamenta.

Dados da Secretaria de Segurança Pública do DF reforçam a sensação de insegurança na cidade. Em Planaltina, foram apreendidas 90 armas de janeiro a julho desse ano. Os bairros mais perigosos são Buritis II e III. Nos últimos 3 meses, houve mais de 20 prisões por homicídio. De acordo com a Polícia Militar, os mortos também são criminosos e a disputa entre gangues rivais amedronta a população que segue a lei do silêncio. Maria do Carmo, dona de casa, mora na cidade há mais de 15 anos. “A gente fica com medo do pessoal que está envolvido com a droga mexer com a gente”, diz.

Quase todo dia, policiais de Planaltina prendem envolvidos em roubos, furtos ou tráfico de drogas. A média é de 20 ocorrências diárias. A criminalidade só reduz com o combate ao tráfico. O delegado da 16ª DP de Planaltina, Mauro Naves, ressalta o papel do tráfico na violência. “Todos esses furtos e roubos estão intrinsecamente ligados ao tráfico e uso de drogas. O usuário para se manter no vício tem que necessariamente adquirir a droga e, muitas vezes, a única maneira é roubar ou furtar para manter esse vício”, afirma.

Ações como a do 14 Batalhão de Polícia Militar ajudam a diminuir os índices de violência na região. Lá, centenas de crianças praticam esportes no horário inverso das aulas. A idéia é tirar os jovens das ruas e evitar que se envolvam com o mundo da criminalidade e das drogas.

Podcast: Projeto social "Nossa Casa"

Planaltina, uma das cidades mais antigas do DF, vive diariamente com a violência entre jovens. O tráfico e uso de drogas é uma das principais causas de criminalidade na região. Para tentar diminuir esse quadro, Policiais Militares do 14º Batalhão criaram o projeto social "nossa casa". A ideia é retirar as crianças e adolescentes das ruas, oferecendo atividades culturais e esportivas no turno contrário ao da escola.

Reportagem e narração: Amanda Mendes


PODCAST 14º BPM by OEnfoca